Pesquisa
O que é um Projeto de Pesquisa?
É um documento que se articula e se organiza uma proposta de pesquisa. Ao desenvolver um projeto de pesquisa, deverá ser levada em consideração a sua Inovação Científica e Tecnológica Apesar a sua condução por pesquisador qualificado, contribuindo para a geração de novos conhecimentos.
A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, através dos processos científicos, partindo de uma ou mais dúvidas ou problemas e, com o uso de métodos científicos adequados, busca respostas e/ou soluções.
Assim como toda atividade, para realizar uma pesquisa científica é necessário estabelecer três pré-requisitos básicos:
- Ter conhecimento, afinidade e competência no conteúdo/objeto a ser pesquisado;
- Ter acesso e dominar a amostra proposta;
- Ter colaboração de terceiros, capazes de colaborar o suficiente para ser merecedor do mérito conquistado em equipe;
O jovem pesquisador, precisa ser empolgado e gostar do método científico. A pesquisa envolve diversos aprendizados práticos/metodológicos, leituras, discussões, além da proposta de uma possível publicação dos resultados obtidos.
De acordo com o impacto da pesquisa realizada, poderá gerar uma publicação em excelentes revistas científicas (periódicos).
Assim, dependendo do nível de sua publicação, a divulgação de seus estudos terá abrangência regional, nacional ou internacional.
Mas como saber qual revista possui um escopo adequado ao meu trabalho?
Escolher uma revista para submeter o manuscrito não é uma tarefa fácil, principalmente nos dias de hoje, com o universo de periódicos disponíveis em todo o mundo. Além disso, há de se considerar o “assustador” Fator de Impacto (FI), anteriormente, a preocupação era apenas com o escopo e a qualidade da revista (amplitude geográfica).
Hoje em dia, o FI é um dos principais critério avaliado pelos autores/cientistas, tornando a maior parte das publicações de impacto (elevados FI ) em revistas internacionais.
Como surgiu a avaliação dos Periódicos/Revistas?
Devido a crescente expansão dos programas de pós-graduação no Brasil, por volta da década de 70, iniciaram diversas políticas públicas com o objetivo de incentivar a publicação cientifica no pais.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos foram os primeiros grandes programas de incentivo a ciência no Brasil. O objetivo inicial da criação dos periódicos nacionais, era o de divulgar as pesquisas realizadas nos cursos de pós-graduação.
Com a crescente criação de revistas científicas, foi necessário estabelecer critérios para selecionar os melhores periódicos de divulgação científica nacional. Esta seleção é fundamental para as agências de fomento conseguir avaliar os melhores currículos de acadêmicos e professores pesquisadores que submeterem propostas aos Editais e Chamadas de fomento.
Este “controle de qualidade” é avaliado pelo Qualis-Periódicos, pertencentes a CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A CAPES está diretamente ligada ao Ministério da Educação (MEC), por ser responsável pela avaliação e expansão dos cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).
O Qualis-Periódicos foi criado em 1998, a partir do convite da CAPES a uma comissão internacional, que determinaram, entre 1996 e 1997, uma metodologia trienal de avaliação – através de relatórios com a proporção de periódicos que os pesquisadores escolheram para publicar, neste período.
Com este relatório, foi possível a CAPES classificar as revistas em níveis de A, B e C. Onde:
A: Revistas de abrangência internacional;
B: Periódicos com destaque no público nacional;
C: Periódicos de amplitude local/regional;
Níveis de Qualidade, em ordem decrescente:
A1= 100 pontos; A2= 85 pontos; B1= 70 pontos; B2= 55 pontos; B3= 40 pontos; B4= 25 pontos; B5= 10 pontos e C= 0.
Os periódicos são avaliados por área do conhecimento, sendo que uma revista pode ser examinado em diversas áreas e receber diferentes classificações.
* Revistas Especializadas em pesquisa em ensino de/ educação/ cognição/ aprendizagem, palavras chave consideradas em português e inglês, e preferencialmente, constantes no título ou na descrição do escopo do periódico.
** Revistas Especializadas em pesquisa nas Áreas de interface com Ensino, o campo das Ciências Humanas ou das Ciências Naturais, que publiquem artigos de contribuições destes campos ao Ensino ou sobre Ensino de conteúdos da Área.
*** Disciplinas de outros campos revelando atividade e competência para a geração de conhecimento como fruto da pesquisa de docentes vinculados aos PPGs da Área.
# Quaisquer outras revistas indexadas que não se enquadrem nos critérios acima C= Revistas não indexadas em geral e/ou que não se enquadrem nos critérios acima.
Fonte: https://www.capes.gov.br/images/stories/download/avaliacaotrienal/Docs_de_area/qualis/ensino.pdf
FATOR DE IMPACTO
Algumas bases de dados possuem seu próprio Fator de Impacto (Impact Factor).
O pioneiro sobre Cientometria foi Eugene Garfield, que fundou o Institute for Science Information (ISI) e, desde 1992 pertence à Thomson Reuters.
O JCR é uma base reconhecida por avaliar periódicos indexados na Web of Science.
O fator de impacto é calculado dividindo-se o número de citações no ano pelo número total de artigos publicados nos dois anos anteriores Um fator de impacto de 1,0 significa que, em média, os artigos publicados um ou dois anos atrás, foram citados uma vez. Um fator de impacto de 2,5 significa que, em média, os artigos publicados um ou dois anos atrás, foram citados duas vezes e meia. Podemos usar este número para avaliar ou comparar a importância relativa do periódico com outros do mesmo campo ou ainda visualizar a frequência com que os artigos são citados para determinar quais os melhores periódicos para sua pesquisa. (REUTERS, 2012)
JCR – Revista Polímeros: impacto de cinco anos.
Fonte: REUTERS, T. Immediacy index. Journal Citation Reports. 2012.
Índice-H (h-index)
Este método relaciona o número de publicações científicas com o número de citações.
O índice-H foi proposto em 2005 pelo professor Jorge Hirsch da Universidade da Califórnia. Sua definição é considerada pelo total de artigos publicados no periódico em um determinado período, equiparando ao total de citações feitas a estes artigos.
Ex: Para um periódico obter o índice-H 10, no período de 2 anos, é necessário que pelo menos 10 artigos receberam 10 citações neste período.
Está diretamente ligado a produção individual dos autores, recebendo diversas críticas como “não se pode caracterizar um pesquisador por um número”, além de diferenças entre áreas do conhecimento, idade e sexo.
Existe ferramentas para calcular o índice-H de pesquisadores em diversas bases de dados, como a Web of Science e Scopus.
SJR – Scientific Journal Rankings
SJR é resultado de um projeto conjunto entre o grupo SCImago, formado por pesquisadores e a Elsevier Publishing Co. – Scopus. Seu principal objetivo é mostrar a estrutura da ciência, com uma interface projetada para acessar a base de dados de indicadores bibliométricos do portal SCImago Journal & Country Rank.
Este indicador SJR é diferente do Fator de Impacto tanto no que se refere à cobertura dos índices JCR e Scopus como no método de cálculo dos indicadores. No ranking mundial, o Brasil está em 15° e o primeiro é os Estados Unidos da América, seguido por China, Reino Unido, Alemanha e Japão.
Fonte: https://www.scimagojr.com/countryrank.php
Cálculo do Fator de Impacto para 2018 – FI 2018
FI2018: Cit2016 + Cit2017
Pub2016 + Pub2017
FI: Fator de Impacto; Cit: Citações; Pub: Publicações;